quarta-feira, 28 de março de 2012

O Marasmo Neoliberal

Amigos de faculdade e Professora Marilda. Nossa luta agora é na sala de aula

O cenário que temos hoje em nosso país é o que pode ser chamado de um Marasmo Neoliberal. Afinal, após o governo Lula não há muita gente disposta a lutar contra o projeto de privatizações, cortes em áreas sociais e retirada de direitos.
Com a maioria dos movimentos sociais engessados, e as grandes centrais sindicais cooptadas pelo governo, não há nada que ameace o Status Quo.
A situação chegou a um ponto absurdo que nem divergências políticas históricas existem mais, afinal, quem diria que um dia o PC do B apoiaria campanhas de conservadores e Neoliberais como Serra e Amary. Ora, parece que realmente o poder converge.
A concordância entre os grandões é tanta que nem críticas a oposição do PSDB pode fazer ao PT. Isso pelo simples motivo de que a presidente Dilma dá um show de corte de gastos em áreas sociais, para pagar juros e amortizações da divida pública, nem mesmo o finado Itamar Franco e o famigerado FHC fariam melhor. Isso para não falar nas privatizações, ou melhor, concessões, como o PT gosta de chamar sua política de entreguismo ao capital privado.
E agora meu amigo? Será que chegamos ao fim da História? Creio que não. O Neoliberalismo não é o fim, somente um momento funesto, mas ainda existem pessoas dispostas para lutar.
É claro que são poucos, mas são esses os corajosos que denunciam e lutam contra essa barbárie. Uns poucos ainda dignos de usar a camisa vermelha. Apenas alguns que ainda não capitularam.


"Nas praças, nas ruas, quem disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil."

Marco Aurélio

sábado, 24 de março de 2012

Paz e Luz


Uma bolha, um mundo cercado e protegido
Pode ser o egoísmo no seu estado puro
Ou a paz almejada no dia a dia
E o monstro se aproxima

A proteção é necessária
A paz, o cigarro de palha e o café
As árvores se encontram e faz sombra
Os pássaros cantam e o cão dorme despreocupado

A lua encanta pela paz sonhada
O sol é luta que sonhamos
As estrelas são as luzes das trevas
E nós somos as trevas do sistema

O cotidiano que mata
O sistema patético que desanima
O ânimo em mudar
O cansaço diário

OTÁVIO SCHOEPS

terça-feira, 20 de março de 2012

Lâminas e Contos ao Redor do Mundo

Tudo começou sem maiores pretensões. Alunos do Curso de História da Uniso, criaram o blog com o intuito de tornar público, aquilo que, em seus conceitos, poderia não estar correto - nesta cidade - ; mas no planeta menor, por conta da atual velocidade das informações, bastaram apenas alguns passos, para Lâminas Verbais / Contos do Índio chegar ao exterior, no entanto, é oportuno destacar que o compromisso poderá ser maior, ou seja, "poderes geram responsabilidades".
O Provérbio, famoso nas histórias em quadrinhos e filmes do Super-Herói, remonta da criação da humanidade, porém sempre atual, foi citado pelo pajé do indiozinho Uana:
- Curumim, é depositada em seus aprendizados a esperança de evitar a extinção da tribo Mandí.
O Menino de doze anos sairia da aldeia para estudar e conhecer os costumes dos brancos. Entendeu o conselheiro que a estratégia impediria a invasão dos Caraíbas.
Por hora deixemos o enredo para o livro de ficção e vamos aos números, estes são reais:



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Brasil
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Estados Unidos
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Alemanha
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Rússia
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Portugal
65
Letônia
38
Canadá
13
Itália
12
Cingapura
12
Ucrânia
12




Autor: Neusir-Índio


A Equipe do Lâminas tá poda e não tá prosa. Alguém duvida?






sábado, 17 de março de 2012

Apenas os mendigos são felizes


O relógio não o incomoda
O chefe não te enche
O imposto não te cobra
O dinheiro é efêmero

As pessoas não o entendem, talvez invejem sua liberdade, seu desleixo é um tapa na cara, daqueles que buscam a beleza artificial da sociedade do consumo, sociedade essa que produz e reproduz jovens monstros condicionados a repetição de falácias de um orgulho tolo de um status social duvidoso, de um sorrir maléfico.

O rio poluído, a calçada e a casa abandonada
A rua esburacada, o carro fechado em si
A propaganda que polui a paisagem
A paisagem reflete e dita nossos sonhos

            Ao ver um mendigo na calçada, não pare na frente dele, pois você pode estar tampando o sol que o aquece.

A cachaça numa mão
O cigarro na outra
Os olhos vermelhos
As mãos calejadas
Os pés endurecidos

            A moça é bonita na propaganda da cerveja, o cigarro é mal visto, mas pessoas bonitas ainda fumam, os olhos vermelhos de ira, pessoas calejadas andam correndo para o lar, durante o dia obedeceram e foram obedecidas, no fim do dia a alma já está endurecida.

OTÁVIO SCHOEPS

sábado, 10 de março de 2012

TRABALHO



O significado da palavra trabalho remonta à sua origem latina: tripalium (três paus) - instrumento utilizado para subjugar os animais e forçar os escravos a aumentar a produção.
O tripalium era, pois, um instrumento de tortura, algo semelhante à cruz que o rebanho cristão adotou como objeto-símbolo de um culto masoquista.
Vão-se os objetos, ficam as palavras: por volta do séc. 12, o termo já tinha ingressado nas línguas românicas - traball, traballo e trabalho (Port.), travail (Fr.), trebajo, trabajo (Esp.), travaglio (It.).
Embora na França rural, até hoje, travail ainda sirva para designar uma variante do tripalium - uma estrutura de madeira destinada a imobilizar o cavalo para trocar ferraduras ou efetuar pequenas intervenções cirúrgicas-, em todas essas línguas o termo entrou como substantivo abstrato, significando "tormento, agonia, sofrimento".

           O trabalho pode ser uma exploração, cansativo, difícil e penoso, e além da luta de classes, há outra luta, por exemplo: professor/aluno, garçom/cliente, bancário/cliente e etc. O que faz o trabalho ser uma tortura? São as relações que temos que ter com outras pessoas, ora acusando, ora sendo acusado, seja de incompetência ou de falta de educação. Humilhamos, disputamos e queremos tudo e todos do nosso jeito, pois somos todos perfeitos.
           Está embutido em nós, a ideologia burguesa, como sendo algo natural do ser humano, eu acredito que a ideologia burguesa é natural aos idiotas.
          O que é o trabalho na nossa sociedade, senão, produzir para lucrar e controlar para manter. Simplório e patético, mas se não está em um está em outro, ou seja, produzimos, incluo os três setores da economia, ou fazemos parte de alguma instituição de controle.

OTÁVIO SCHOEPS

Contos, Causos e Crônicas do Índio - Pena dos Pássaros



















- Você sente dó dos passarinhos?
- Considerando que devem voar livremente e por conta do belo gorjeio são aprisionados, creio sim que são merecedores de compaixão.
- Não, sinto pelos que estão indefesos na mata, principalmente quando chove. Os das gaiolas estarão confortáveis.
Um tanto intrigado com a observação da dona de casa, o pedestre seguiu seu caminho tão calado; defensor da fauna e flora, aprendeu que as aves enfeitam as florestas, bosques ou jardins; felizes elas são sob a água que cai das nuvens e valem-se da plumagem impermeável para o banho a todo momento.
Estava enganado!
Pássaros não gostam de muita água!
Mudou de conceito no dia em que estava no interior da densa mata da Serra Paranapiacaba e foi surpreendido pela forte chuva repentina. Natural do lugar, encontrou abrigo na gruta de pedra. Desprotegidas ficaram as aves!
- Nada sei!!
 Animais escutaram o seu brado de desabafo. O temporal deixou um rastro quilométrico de destruição, ninhos foram lançados a distância com a queda das aves, incalculável foi o saldo de mortos, feridos e desabrigados. Nos dias que se seguiram, fêmeas procuravam ainda proteger os ovos em troncos desgalhados. Serviram-se os predadores. Em seu dia de revolta a natureza castigou penugens e plumas. O vento levou as penas para o espaço.
*Dona Vilma tem razão:
- Que pena dos pássaros.

É desnecessária a interferência do homem no ecossistema; a natureza se encarregará do equilíbrio ecológico.













*Moradora que acolhe os malucos do "Lâminas" e tantos amigos em sua casa, sem ela, o projeto não teria o mesmo sabor, aliás já estamos dando volta ao mundo. Morram de inveja! HE! HE! HE!

Indião - Neusir

terça-feira, 6 de março de 2012

Professor Pedro / Manhã de Sol / Carimbo / Botequim e Óculos Escuros - Parte 2



















O Professor Pedro foi até o centro da cidade buscar o carimbo que mandara fazer. Era intervalo entre as aulas da manhã e as da tarde.
Estava fazendo calor já logo cedo, sol à pino, pleno mês de março. Então, no caminho até o ponto de ônibus, ele encontra um simpático botequim. No balcão uma jovem de alvas faces o atende:
- Bom dia - diz a jovem.
- Bom dia - responde o Professor Pedro.
- Por acaso você teria algum salgado que não tenha carne? - emenda o rapaz.
- Tem calabresa - afirma, inocentemente, a bonita jovem.
- Não, não moça, nenhum tipo de carne - Explica o Professor.
- Aaah sim, tenho empada de palmito e bolinho de queijo - diz ela.
- Oh sim, e no misto quente, vai o que? - Indaga o jovem.
- Presunto e queijo - responde a atendente
- Posso trocar o presunto por uma rodela de tomate? - diz o docente.
- Claro. Bebe algo? - Ela pergunta.
- Um suco natural de laranja, sem açúcar, por favor. - Diz ele.
- Ok. Com bastante gelo não é? Questiona a moça, com um amável ar de intimidade.
- Sim sim. Isso mesmo. - Afirma o Professor.
Naquela manhã, por trás das lentes escuras dos óculos de Pedro, haviam olhos agitados; entusiasmados e surpresos com a beleza e a simpatia daquela moça.
Saboreou seu café e seu suco, ouviu um senhor praguejar contra Vitor Lippi ( o que achou muito justo ) e vomitar amores por Renato Amary ( o que achou uma bestialidade ), pagou, desejou bom dia, sorriu sinceramente para a moça que o atendera e seguiu seu rumo.


Marco Aurélio

segunda-feira, 5 de março de 2012

Professor Pedro / Manhã de Sol / Carimbo / Botequim e Óculos Escuros - Parte1

Foto de: Maria Carolina

















Era segunda feira, dia da preguiça. Afinal ninguém gosta das segundas-feiras, são dias que não passam, se arrastam através do tempo-espaço.
Porém, Pedro estava animado, iria dar as aulas de religião que tanto gostava. Pedro realmente acordara com o pé direito.
Desceu um ponto antes e foi caminhando, parou numa padaria de burguês - que fica no bairro Santa Rosália. Lá estacionou por uns instantes, comeu dois pães de queijo e tomou uma xícara de café. Pedro amava café, e estava colocando cada vez menos açúcar. 
Na hora de pagar a conta um surpresa; cinco reais e sessenta centavos. Uma bagatela para qualquer um dos fiéis clientes do estabelecimento, um desaforo para um Professor da rede pública.
Mas não foi isto que tirou o bom humor do jovem Pedro. Já de volta a caminhada Pedro passa pela belíssima praça que fica em frente ao mais novo Shopping - pasto - Center da cidade. Como estava lindo aquele lugar, lindíssima paisagem; o sol por entre o emaranhado de galhos brilhava com suavidade e saudava o jovem docente.
Pedro estava, radiante naquela segunda feira do mês de Março, e nada tiraria a alegria de suas faces.


Marco Aurélio











domingo, 4 de março de 2012

Contos Causos e Crônicas do Índio - Sou apenas uma criancinha



















Apesar da idade, diante deles, sou ainda a criança que engatinha. Ensinam-me os primeiros passos os meninos que me veem igual a um mestre. 
Nada saberia o velho se não tornasse criança outra vez e nos braços dos jovens encontrasse acalanto.
A troca de idéias entre as gerações é de suma importância para o amadurecimento de garotos e idosos; não raras vezes percebe-se que os moços são sábios e os veteranos estão perdidos em uma era não lhes pertence mais.
Privilegiado sou pelas experiências recentemente adquiridas; grato pelo interesse de minhas escritas junto aos adolescentes. Num tempo em que poucos leem, onde a inversão de valores é escancarada diariamente com o apoio total da grande mídia, percebo que existe ainda espaço para meus rabiscos - graças a eles. 

Luca Quinhão, Gabis, entre tantos e Grazi Sette, BRIGADÃO!!

Nota: Lucão é formando em História, onde já dá mostras do talento que desponta; com passos largos caminha. O Jovem ao lado do Professor Pedro e Alecão, tanto "pentelham" o criador do Jori.
Sucesso!!

Indião - Neusir

sábado, 3 de março de 2012

É triste e bom


É triste pensar que as coisas não precisariam ser como são
É triste saber que para alguns, somos coisas
É triste ver o planeta sendo consumido
É triste ser uma peça do sistema

É bom pensar que as coisas possam mudar
É bom saber que há alternativas
É bom ver que o planeta não pertence realmente a ninguém
É bom ser, saber, ver e pensar

E a vida se engrandece
Nessa miséria de belas propagandas
E a morte se apequena
Nessa luta pela vida

O relógio não pode ser mais que o tempo
O Estado não pode ser mais que o indivíduo
A indústria não pode ser mais que a necessidade
A matéria não pode ser mais que a alma

OTÁVIO SCHOEPS

Bom dia, é meio dia.



















A mulher abriu o portão para sair com as cachorrinhas, que urinaram no meio da rua onde não passa quase ninguém.
Bela Cena! Mas pena.
O caminhante assustou a moradora, que aos gritos espantou os animaizinhos. Em desabalada carreira, dona e cães se refugiaram no lar.
Não era noite; e sim plena luz do sol de final de verão, doze horas e doze minutos, talvez.
O único observador da cena, com poucas chances de erro, diria que a mídia sensacionalista dissemina neurose coletiva à população; ou seja, você é bandido até que prove sua inocência. O cidadão foi confundido com malfeitores. Ele apenas disse " Bom dia ".
Ficou sem resposta.
Esqueça a humilhação, senhor.
Desejo-lhe Bom Dia, mesmo que seja tão tarde.

Autor: Neusir - Índio. 

Contos, Causos e Crônicas do Índio - Onze e Onze




















Para o mundo, o momento passou despercebido, no entanto, naquele encontro casual no trânsito caótico da avenida Américo Figueiredo, os parceiros traçaram importantes metas.
O jovem de boas idéias pediu a opinião do velho que imediatamente ratificou-as.
Pensar grande, tirar as mãos do chão e caminhar de forma ereta é o grande desafio. Poderíamos dizer que perderam o medo do escuro.
O proveitoso diálogo de poucos minutos ficou concluído exatamente as onze horas e onze minutos, observou o rapaz. Vinte e nove de Fevereiro, somente daqui a quatro anos, lembrou o veterano.
Os amigos se despediram e colocaram os pés na estrada, em busca do mesmo ideal.

Sucesso, Pedro.
Bom Dia.

Autor: Neusir Índio.

quinta-feira, 1 de março de 2012

- Velhas Virgens? - Não. Bukowsky. ( inadequado para menores de 18 anos )

O cara está com os testículos latejando.
Seus bagos doem terrivelmente.
É como se um raio os tivesse atingido.
Tudo isso porque?
Sua garota o deixara literalmente na mão.

A dor nas bolas,
é algo que todo XY sob a face da terra
já deve ter sentido,
ao menos uma única vez.

Ter essa dor e não ter nenhum buraco para aliviá-la,
é como ter sede e não ter água para beber.
É a coisa mais incomoda do mundo.
Ela começa bem no saco e vai subindo,
acho que aquelas cordinhas que os seguram
fazem a ligação.
Sobe.
E como sobe.
Atinge todo o abdômen.
Nem mesmo a dor
de vomitar aqueles líquidos fluorescentes,
quando se está bêbado,
chega perto disso.

Vomitar bile.
Tossir os pulmões fora.
Nada disso é tão ruim quanto
a dor nas bolas.

Soube que as garotas sentem algo semelhante,
espero que seja tão ou mais insuportável que isso.
Para que elas saibam de nossa dor,
e jamais tornem a nos castigar.
Afinal que esforço pode haver,
em abrir um pouco as pernas?
Nem precisa alongar muito,
é apenas o espaço necessário
para acomodar uma pélvis.

E se me perguntam se isso é Velhas Virgens,
eu respondo que é Bukowsky.
Afinal são versos de minha autoria,
mas que audácia teria eu para assinar esse negócio?
Pelo menos aquele velho alemão maluco já goza da má fama.
Aliás não goza mais porra nenhuma, morreu 
pobre coitado.


Charles Semem ( com M no final e sem acento. Obrigado )

Hey Joe

Joe é um pervertido, da pior espécie, acreditem. Não pensa em outra coisa que não seja sexo. E pensar que seu nome foi inspirado por uma música famosa na voz do velho Hendrix - ela narra a história de um cara chamado Joe, que vai atirar em sua mulher por que flagrou ela com outro cara.
O pai de Joe teria vergonha se soubesse que o filho é um depravado. Daqueles que tem set list de filmes pornográficos no computador, um dos braços mais forte que o outro, e sempre está correndo atrás de um rabo de saia. Cada vez que vê uma garota abandona seu jeito calmo e age como um cachorro no cio.
Esse é o velho Joe, 32 anos, cabelos ralos na frente, barba já meio grisalha e incômodos 1,84m de altura. Não fosse o jeito desengonçado sua altura seria atrativo para as garotas, mas não, não para o velho Joe.
Joe não tem jeito mesmo com as garotas, faz mais do que precisa e o que precisa de verdade ele deixa em branco. É cômico de ver ele abrindo portas, puxando cadeiras, pagando a conta, mas na hora que mais precisa de uma atitude ela não vem.
Pobre Joe. Todos que o veem na rua acreditam que ele é o terror das garotas. Mas o pobre Joe não passa nem perto do tamanho da sua fama. Muita gente diz que ele esconde o ouro, tudo mal entendido, Joe é mesmo um fracassado. Ele se convenceu que é um fracassado, e ninguém tira isso de sua cabeça.
Pobre Joe, não me estranharia nem um pouco se um dia tivesse que Gritar:

- Hey Joe onde é que você vai com esta arma ai na mão?



Marco Aurélio